A China intensificou sua ofensiva para se tornar independente em tecnologias de inteligência artificial. Durante um discurso recente, o presidente Xi Jinping afirmou que a autossuficiência em IA é agora uma prioridade nacional, prometendo um robusto apoio governamental para impulsionar o desenvolvimento de chips, softwares e a formação de novos talentos na área.
Xi apresentou uma estratégia baseada no que chamou de “novo sistema nacional integrado”, focada em acelerar a produção de chips de ponta, fortalecer o ecossistema de software nacional e expandir iniciativas de educação e qualificação de profissionais em inteligência artificial. Essa abordagem inclui ampliação do suporte político, proteção à propriedade intelectual e novos financiamentos para pesquisa científica e tecnológica.
Um dos principais movimentos dentro dessa estratégia é o avanço da Huawei, que estaria testando um novo chip de alta performance para substituir os processadores da NVIDIA, atualmente sujeitos a severas restrições de exportação impostas pelos Estados Unidos. A aposta é criar alternativas domésticas capazes de sustentar o crescimento dos modelos de IA chineses sem depender de tecnologia americana.
Além disso, crescem os rumores sobre o iminente lançamento do DeepSeek R2, a próxima geração do modelo que se destacou no cenário de IA chinês. Especula-se que o novo modelo terá cortes expressivos de custo de treinamento e poderá ser operado usando chips da Huawei, solidificando ainda mais a independência tecnológica.
A movimentação estratégica acontece em um momento crítico: enquanto os Estados Unidos tentam conter o avanço chinês com restrições de exportação, a China acelera seus esforços para fechar rapidamente a diferença de desempenho entre os modelos de IA das duas potências. O cenário sugere que o país está determinado não apenas a acompanhar o ritmo global, mas a demonstrar que pode prosperar tecnologicamente sem depender de componentes americanos.
