O Pinterest está reformulando sua experiência de busca visual com um conjunto de novos recursos baseados em inteligência artificial, anunciados nesta segunda-feira. A plataforma agora aposta em modelos de linguagem visual generativos (VLMs) para ajudar os usuários a identificar e refinar visualmente seus gostos e preferências, principalmente em categorias difíceis de descrever com palavras — como estilos, vibes e estéticas.
Um dos destaques da atualização é uma ferramenta inicialmente voltada para a categoria de moda feminina nos EUA, Canadá e Reino Unido. Quando um usuário toca em um Pin, uma animação de brilho é exibida e, em seguida, o Pinterest gera palavras que descrevem os elementos visuais do Pin, ajudando o usuário a entender por que aquele conteúdo chamou sua atenção. Isso permite ajustar e aprofundar a busca com base em termos que o próprio usuário talvez não soubesse expressar.
Outro recurso anunciado permite refinar a busca por peças semelhantes, ajustando características como cor, tecido ou estilo. Por exemplo, se alguém gosta de um blazer, pode procurar por modelos similares com uma estética mais Y2K ou por versões que sejam mais adequadas a eventos formais — tudo isso com base em sugestões contextuais e visuais.
O Pinterest também está expandindo a função de busca visual para mais áreas do aplicativo, permitindo que os usuários pressionem longamente qualquer Pin no Feed Inicial para iniciar uma busca visual instantânea, sem precisar usar texto ou filtros complexos.
Essas mudanças ocorrem em paralelo com outra medida da empresa: a identificação de imagens geradas por IA e a futura opção de limitar esse tipo de conteúdo, em resposta às preocupações de usuários sobre a “poluição visual” e a perda de autenticidade no Pinterest. Muitos relataram dificuldade em distinguir entre referências reais e imagens geradas artificialmente, o que poderia comprometer o valor prático da plataforma como fonte de inspiração visual e planejamento de compras.
Com essas atualizações, o Pinterest tenta se posicionar não como uma vítima da IA, mas como uma plataforma que usa a tecnologia para valorizar a experiência do usuário e preservar sua identidade visual — transformando a IA em uma aliada da curadoria e da descoberta estética, não em sua ameaça.
