Em uma audiência no Comitê de Comércio do Senado dos EUA, líderes das principais empresas de tecnologia defenderam uma abordagem mais flexível na regulação da inteligência artificial. Representantes da OpenAI, Microsoft, AMD e CoreWeave argumentaram que regras rígidas e controles excessivos podem desacelerar o avanço da tecnologia americana, colocando o país em desvantagem diante do rápido progresso da China.
O CEO da OpenAI, Sam Altman, classificou a IA como uma transformação “potencialmente maior do que a internet” e pediu que o Congresso apoie investimentos robustos em infraestrutura crítica, incluindo energia, chips e centros de dados. Para ele, a capacidade dos EUA de liderar depende diretamente da velocidade com que essas bases forem fortalecidas.
Já Brad Smith, presidente da Microsoft, alertou que restrições às exportações de chips de IA podem ter efeito contrário ao pretendido, forçando mercados globais a buscar alternativas chinesas, o que enfraqueceria o alcance da tecnologia americana. A CEO da AMD, Lisa Su, reforçou essa preocupação ao dizer que outros ecossistemas tecnológicos rapidamente ocuparão o espaço se os produtos dos EUA se tornarem inacessíveis.
Em consenso, os executivos pediram:
- Expansão de investimentos federais em P&D de IA
- Programas de qualificação da força de trabalho
- Modernização da rede elétrica para suportar demandas computacionais
- Desburocratização de processos de licenciamento e construção
O pano de fundo dessa movimentação é claro: a corrida por supremacia em IA é também uma disputa geopolítica. As empresas enxergam os Estados Unidos como líderes naturais, mas alertam que excesso de precaução regulatória pode fazer o país perder o momento. Ao mesmo tempo, o debate legislativo precisa equilibrar inovação com segurança, soberania tecnológica com ética, e competitividade com responsabilidade.
Enquanto isso, a pressão aumenta para que o Congresso trace uma política nacional de IA que proteja os interesses dos cidadãos, mas não asfixie a vanguarda tecnológica norte-americana. A agulha a ser enfiada é estreita — e a corrida, cada vez mais acelerada.