A FutureHouse anunciou que sua IA multiagente “Robin” alcançou sua primeira grande descoberta científica, identificando um novo tratamento promissor para a degeneração macular relacionada à idade (dAMD) — uma das principais causas de cegueira em todo o mundo.
O sistema Robin operou de forma autônoma em todas as etapas do processo científico: gerou hipóteses, desenhou experimentos, analisou dados e produziu figuras para pesquisa. A participação humana ficou restrita à execução prática dos ensaios laboratoriais, com os experimentos sendo validados em ambiente físico.
O agente identificou o ripasudil, um medicamento já aprovado no Japão para o tratamento de glaucoma, como um candidato terapêutico inédito para a dAMD. A eficácia da molécula foi confirmada em testes laboratoriais, abrindo uma nova possibilidade para tratamentos que até hoje contam com opções extremamente limitadas.
Além de Robin, a FutureHouse também anunciou que liberará o código-fonte e os dados do projeto na próxima semana, juntamente com os outros agentes que compõem sua arquitetura de pesquisa: Crow (para busca literária), Falcon (para revisão profunda) e Finch (para análise de dados).
O feito representa um avanço notável na forma como a ciência é conduzida, consolidando o papel da IA não apenas como ferramenta de apoio, mas como parceira ativa na geração de conhecimento inédito. O caso demonstra como a colaboração humano-IA pode acelerar significativamente ciclos de pesquisa e ampliar a capacidade de propor e testar novas hipóteses em larga escala.
Assim como na programação, a ciência aparece como um dos primeiros domínios a ser radicalmente transformado pela automação inteligente, com agentes capazes de realizar processos complexos que antes dependiam exclusivamente da cognição humana. O futuro da descoberta científica, ao que tudo indica, será cada vez mais co-construído por humanos e sistemas de IA trabalhando lado a lado.