O futuro do trabalho está prestes a dar mais um salto significativo com a chegada iminente dos chamados “funcionários virtuais” movidos por inteligência artificial. Segundo Jason Clinton, Chief Information Security Officer (CISO) da Anthropic, esses agentes autônomos devem começar a operar em ambientes corporativos já no próximo ano, o que exigirá uma revisão completa das práticas atuais de segurança digital.
Esses novos colaboradores digitais não serão meros assistentes de tarefas pontuais como os chatbots atuais. A previsão é que eles possuam contas corporativas próprias, com senhas, níveis de acesso definidos e até “memórias” que lhes permitam aprender e evoluir ao longo do tempo — uma evolução marcante na automação empresarial.
Com isso, surgem desafios inéditos para os departamentos de segurança da informação. Clinton alerta que será necessário estabelecer políticas rigorosas de gestão de privilégios, criar mecanismos eficazes de monitoramento de atividades e definir com clareza a responsabilidade sobre as ações tomadas por esses sistemas autônomos. A segurança desses “funcionários IA” se tornará um novo foco dentro das corporações, que precisarão adaptar suas estruturas para lidar com riscos complexos e dinâmicos.
A Anthropic, conhecida por sua abordagem centrada em segurança no desenvolvimento de modelos de IA, afirma estar atenta aos riscos de uso indevido e já investe na proteção de seus sistemas contra possíveis ataques. No entanto, o surgimento de IA autônoma integrada ao dia a dia das empresas exige uma resposta ágil e coordenada do setor de cibersegurança.
O alerta é claro: a transformação digital entra em uma nova era, e com ela vêm responsabilidades inéditas. A grande dúvida é se o setor de segurança cibernética conseguirá acompanhar o ritmo da inovação ou se um grande incidente será necessário para acelerar essa adaptação.