O cofundador da DeepMind e Nobel de Medicina, Demis Hassabis, fez uma declaração audaciosa: segundo ele, a inteligência artificial pode acabar com todas as doenças conhecidas até 2035. A afirmação veio durante entrevista ao programa 60 Minutes, onde também foi demonstrado o mais novo projeto da empresa, o Project Astra — um assistente de IA com capacidades visuais, emocionais e contextuais em tempo real.
Segundo Hassabis, a IA pode comprimir décadas de descobertas biomédicas em semanas, acelerando o desenvolvimento de medicamentos, terapias e diagnósticos com uma precisão jamais vista. A tecnologia, que já mostrou avanços significativos com o AlphaFold na resolução de estruturas de proteínas, agora promete transformar a medicina de forma ainda mais profunda.
Durante a entrevista, o Project Astra foi demonstrado em ação: ele identificou pinturas, reconheceu emoções humanas e até operou através de óculos inteligentes, interpretando o mundo ao redor com visão computacional e compreensão semântica. Em outra parte do programa, a equipe mostrou um robô experimental capaz de raciocinar sobre conceitos abstratos, como a mistura de cores.
Hassabis também reforçou sua previsão de que a AGI (inteligência artificial geral) surgirá nos próximos 5 a 10 anos. Ele reconheceu que os modelos atuais ainda não são conscientes, mas não descarta que a consciência possa emergir em versões futuras.
Por que importa:
As declarações de Hassabis não vêm de um entusiasta qualquer, mas de um dos principais arquitetos do futuro da IA. A ideia de eliminar todas as doenças em uma década parece utópica — até que lembramos do ritmo exponencial com que essas tecnologias estão evoluindo. Se a promessa se concretizar, estaremos diante de um salto civilizacional sem precedentes, com impactos profundos na longevidade, na economia e no próprio significado de ser humano.
