O AI Action Summit, realizado em Paris, revelou um profundo racha nas estratégias globais de governança da inteligência artificial. O evento, que reuniu líderes políticos e executivos do setor de IA, terminou sem consenso, com Estados Unidos e Reino Unido recusando-se a assinar uma declaração internacional para promover IA aberta e ética.
EUA e Reino Unido vs. Regulamentação Internacional
Durante o evento, o Vice-Presidente dos EUA, J.D. Vance, alertou contra o excesso de regulamentação, argumentando que os EUA manterão sua liderança na IA ao controlar os chips, o software e as regras do jogo. O Reino Unido seguiu a mesma linha, recusando-se a assinar o acordo por motivos de segurança nacional.
Europa Responde com Investimento Maciço em IA
Em resposta à postura dos EUA, a Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciou um ambicioso plano de €200 bilhões para impulsionar a pesquisa e o desenvolvimento de IA na Europa, com foco em modelos open-source. A iniciativa busca reduzir a dependência de tecnologias americanas e estabelecer um modelo alternativo de inovação.
CEO da Anthropic Critica Falta de Compromisso
O CEO da Anthropic, Dario Amodei, descreveu a cúpula como “uma oportunidade perdida”, expressando preocupação com os riscos de segurança da IA e a aceleração desenfreada do desenvolvimento sem coordenação global.
Por Que Isso Importa?
A divisão entre EUA, Reino Unido e Europa demonstra que a IA está se tornando uma questão geopolítica de alto impacto, capaz de redesenhar alianças e equilibrar o poder global. Com a China assinando a declaração internacional, a dinâmica da competição tecnológica e de segurança pode sofrer mudanças rápidas nos próximos anos.
Se antes a IA era vista como uma revolução tecnológica, agora está se consolidando como um dos principais campos de disputa geopolítica do século XXI.