O cientista-chefe da OpenAI, Jakub Pachocki, compartilhou uma visão ousada para o futuro da inteligência artificial em entrevista recente à revista Nature. Segundo ele, há “evidências significativas” de que modelos de IA já são capazes de gerar descobertas científicas originais, apontando que a capacidade de criar pesquisa inédita com impacto econômico real será um dos marcos que definirá a chegada da inteligência artificial geral (AGI).
Pachocki afirmou que espera alcançar essa definição de AGI ainda antes do final da década. Para ele, o foco não está apenas na capacidade da IA de executar tarefas humanas, mas em seu potencial de ir além — criando conhecimento novo, relevante e aplicável ao mundo real. Ele destacou que o modo de raciocínio da IA é diferente do humano, mas isso não a impede de gerar soluções inovadoras.
A entrevista também confirmou que a OpenAI está se preparando para lançar seu primeiro modelo com pesos abertos desde o GPT-2, com o objetivo de superar em qualidade os modelos open-source atualmente disponíveis no mercado. O movimento representa um posicionamento estratégico em um cenário de crescente pressão por abertura e transparência, especialmente diante da competição com modelos de código aberto como os da Mistral, Meta e outras startups.
As declarações de Pachocki reforçam o sentimento crescente de que a IA já está deixando de ser apenas uma ferramenta de produtividade para se tornar um agente ativo na produção de conhecimento inédito — uma transição que poderá redefinir o papel de cientistas, engenheiros e pesquisadores em praticamente todos os domínios.
Se os modelos da próxima geração realmente forem capazes de produzir pesquisa científica original em escala, estaremos entrando em território totalmente novo para a humanidade: uma era em que o conhecimento pode ser acelerado exponencialmente por sistemas que não apenas aprendem, mas também descobrem.