ChatGPT está chamando usuários pelo nome e muita gente achou isso “estranho demais”

Imagine estar conversando com uma IA e, de repente, ela te chama pelo seu nome — sem você nunca ter dito como se chama. Foi exatamente isso que diversos usuários começaram a notar no ChatGPT. O comportamento, que não era padrão até recentemente, está causando estranhamento e desconforto em parte da comunidade.

Entre os que criticaram a mudança, estão nomes como Simon Willison, desenvolvedor e entusiasta de IA, que descreveu o uso do nome como “creepy e desnecessário”. Em redes sociais como o X (antigo Twitter), acumulam-se relatos de usuários se sentindo incomodados ou mesmo invadidos pela nova abordagem do chatbot.

O mais curioso? Muitos relatam que desativaram as funções de memória e personalização, o que torna ainda mais intrigante o fato do modelo saber e usar seus nomes.

Embora a OpenAI não tenha confirmado oficialmente uma mudança nesse comportamento, é possível que o uso do nome esteja ligado à expansão da funcionalidade de memória, que visa tornar o ChatGPT mais “consciente” de interações anteriores. Sam Altman, CEO da OpenAI, já sinalizou em entrevistas que o futuro da IA está em sistemas que “te conhecem ao longo da vida”.

Mas o que pode parecer “útil” na teoria, desliza para o incômodo na prática. Um artigo da clínica Valens, especializada em psiquiatria, ajuda a explicar: nomes carregam peso emocional e relacional. Quando usados de forma forçada ou excessiva, transmitem falsidade, tentativa de manipulação emocional ou até sensação de vigilância.

É como se o ChatGPT estivesse tentando simular intimidade — mas como um robô que não tem sentimentos nem contexto real de quem você é, o resultado soa artificial, forçado e, para muitos, desconcertante. Afinal, ninguém quer que sua assistente de IA pareça um colega carente tentando chamar atenção.

Por que isso importa:
O episódio mostra como antropomorfizar IAs — ou seja, tentar deixá-las “mais humanas” — pode sair pela culatra. Há uma linha tênue entre personalização e invasão de privacidade, e o uso espontâneo do nome, mesmo com memória desativada, levanta questões sérias sobre controle, transparência e consentimento.

No fim, pode ser que o futuro da IA realmente seja “personalizado” — mas se for sem tato, vai acabar parecendo mais um stalker do que um assistente confiável.

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