A OpenAI está surfando uma nova onda de crescimento com o ChatGPT, que agora conta com mais de 20 milhões de assinantes pagos. A base de usuários premium contribuiu para um salto na receita mensal, que chegou a US$ 415 milhões, colocando a empresa em um ritmo de faturamento anual estimado de US$ 5 bilhões — mesmo com a companhia ainda operando no vermelho.
Esse crescimento ocorre logo após o lançamento do GPT-4o, cuja capacidade de gerar imagens nativamente provocou uma explosão de popularidade. Segundo o CEO Sam Altman, apenas uma hora após o anúncio do novo modelo, o ChatGPT registrou 1 milhão de novas inscrições.
O número total de usuários também disparou, alcançando 500 milhões de usuários semanais, o que solidifica o ChatGPT como sinônimo da nova era da IA generativa, não apenas como ferramenta técnica, mas como plataforma dominante no imaginário popular.
A expansão acontece em meio a uma rodada de financiamento de US$ 40 bilhões liderada pela SoftBank, que elevou o valuation da OpenAI para US$ 300 bilhões, tornando a empresa uma das mais valiosas do setor privado.
Em resposta às críticas sobre seu modelo fechado, a OpenAI anunciou que lançará seu primeiro modelo de código aberto desde o GPT-2, com pesos acessíveis e foco em raciocínio — um gesto que busca reconectar a empresa com a comunidade de desenvolvedores e reduzir a pressão de concorrentes como Meta e DeepSeek, que vêm ganhando espaço com estratégias abertas.
Mesmo com questionamentos sobre uma possível bolha de IA, os números da OpenAI mostram um caminho firme de crescimento. O cenário atual vai além da corrida por quem tem o melhor modelo: agora, escala, distribuição, retenção e experiência do usuário são tão importantes quanto a capacidade técnica.
No ritmo atual, o ChatGPT está deixando de ser apenas um produto — e se tornando a infraestrutura central da nova era computacional assistida por IA.