A Tencent acaba de lançar o Hunyuan T1, um modelo de raciocínio que representa um novo marco no avanço dos laboratórios de IA da China. Rivalizando com soluções de ponta como o DeepSeek R1, o GPT-4.5 da OpenAI e o o1, o T1 impressiona ao combinar alta performance, preços competitivos e eficiência computacional inédita, graças à sua arquitetura híbrida inovadora.
Arquitetura Inédita: Transformer + Mamba
O grande diferencial do Hunyuan T1 está na sua estrutura híbrida, que une a arquitetura Transformer, originalmente proposta pelo Google, com a Mamba, desenvolvida por pesquisadores de Carnegie Mellon e Princeton. Essa combinação permite que o modelo processe longos textos com raciocínio complexo de forma 2x mais rápida, ao mesmo tempo que reduz significativamente a demanda computacional.
Essa abordagem é a primeira do tipo na indústria e pode inaugurar uma nova geração de modelos otimizados para eficiência e velocidade, sem comprometer a profundidade do processamento.
Desempenho e Preço Agressivo
Nos testes de benchmark, o Hunyuan T1 igualou ou superou os resultados do DeepSeek R1 e dos modelos norte-americanos GPT-4.5 e o1, especialmente nas tarefas de raciocínio matemático e avaliações em idioma chinês.
A Tencent posicionou o modelo com preços altamente competitivos:
- 1 yuan (US$ 0,14) por milhão de tokens de entrada
- 4 yuan (US$ 0,55) por milhão de tokens de saída
Esses valores espelham os preços do DeepSeek R1, reforçando a disputa acirrada pelo mercado corporativo e de desenvolvedores.
China Fecha o Gap com os EUA em IA
A chegada do T1 sinaliza uma mudança decisiva no equilíbrio global da inteligência artificial. Em apenas um ano, players como Tencent, DeepSeek e Alibaba transformaram o cenário, reduzindo drasticamente a vantagem técnica que empresas como OpenAI, Google e Anthropic mantinham.
Com a chegada iminente do DeepSeek R2, os laboratórios chineses parecem prontos para não apenas acompanhar, mas liderar a próxima geração de modelos de IA de alto desempenho. A nova fase da corrida global por liderança em inteligência artificial está oficialmente em curso — e a China está mais próxima do que nunca do topo.